Tarcísio em Nova York defende reformas e diz que transformar o Brasil exige apenas ajustes estratégicos
Durante sua participação em um evento promovido pelo Citi em Nova York, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, delineou propostas para a economia brasileira, sugerindo que ajustes estratégicos poderiam impulsionar o desenvolvimento do país.
Diante de uma audiência composta por aproximadamente 50 executivos e investidores, Tarcísio destacou a necessidade de uma reforma orçamentária que desvincule receitas e despesas, permitindo maior flexibilidade para investimentos. Além disso, propôs a desindexação do salário mínimo, ampliação das privatizações e revisão de benefícios fiscais. Ele também sugeriu a reformulação de programas sociais, incorporando mecanismos que incentivem a transição dos beneficiários para o mercado de trabalho.
O governador ressaltou que o Congresso Nacional tem demonstrado capacidade para aprovar reformas significativas, como as trabalhista, tributária e previdenciária, bem como projetos como o marco do saneamento e a autonomia do Banco Central. Ele enfatizou que o foco deve estar em projetos estruturantes, independentemente de lideranças individuais.
Apontando para a experiência de São Paulo, Tarcísio mencionou que o estado já contratou R$ 350 bilhões em investimentos privados, superando a meta inicial de R$ 220 bilhões. Ele vê o atual cenário geopolítico como uma oportunidade para o Brasil e citou a Argentina como exemplo de país que, mesmo enfrentando desafios maiores, conseguiu implementar reformas eficazes.
Embora tenha abordado diversos temas econômicos, Tarcísio não mencionou questões relacionadas à segurança pública, um ponto sensível tanto em nível estadual quanto nacional. Nos bastidores, executivos discutiram a possibilidade de governadores como Tarcísio, Ratinho Júnior e Eduardo Leite se posicionarem como candidatos viáveis da oposição para as eleições de 2026, destacando a necessidade de definições claras diante da crescente expectativa eleitoral.